sábado, 31 de dezembro de 2011

Aliança



Autora: @soniasalim


Todas as pessoas, ou pelo menos algumas delas, têm um relacionamento com Deus. Umas com conhecimentos mais amplos e outras o conhecem de forma bem superficial. Abordagens desse tipo são pertinentes, pois faz muita diferença na qualidade do relacionamento que nós estabelecemos com Deus. O conhecimento da Bíblia por si só, não produz efeito algum, pois muitos a conhecem em profundidade, mas isso não promove efeito positivo na vida deles. Então, o que fazer para relacionar com Deus e experimentar as suas bênçãos? Bem, vou começar dando um exemplo: muitas pessoas visitam o blog “COTIDIANO” e conhecem a forma de escrever do autor, o João, e podem perceber nas entrelinhas como ele é e até decorar algumas partes de seus textos e muito mais. Mesmo que leiam todos os textos do blog e consigam fazer uma descrição perfeita de seu autor, ainda assim, seria um esboço diante da realidade. Conhecer pessoalmente, relacionar, falar com o João oferece uma dimensão melhor de quem ele é, com suas qualidades e defeitos, sentimentos e ações. Dessa forma também é o nosso relacionamento com Deus, precisamos estabelecer contato direto com ele e não só através de outras pessoas. Pedir para o outro conversar, contar de nossos problemas para ele não é a mesma coisa. É necessário estar face a face com Deus para conhecermos um pouco de suas ações. E assim mesmo somos surpreendidos a cada momento quando pensamos que estamos certos de alguma coisa ou acontecimento. Nós agimos direcionados pelas coisas visíveis e Deus age sabendo das invisíveis, as que escapam a nossos olhos, sentimentos e emoções, pois é nesse ponto que ele nos surpreende. Por isso podemos apostar nas decisões de Deus a nosso respeito e aceitá-las sem medo, pois nos conduzem a caminhos melhores, mesmo que sejam aparentemente discutíveis ou que escapem à compreensão. Andar pela fé e ter contato direto com o autor da vida é experimentar de tudo e aprender muito, nos sabores e dissabores, alegrias e tristezas e com tudo isso, ter a certeza de passos firmes e sustentáveis. Estabelecer conexão com o divino é algo incomparável, intransferível. E, além disso, não tem custo algum, é de graça. Podemos questionar, falar com Deus no pensamento e confidenciar segredos do coração. E as respostas? Elas virão no tempo certo. O importante é esperar, sempre, mesmo que demore. O que não devemos, é abrir mão dessa aliança, pois é um privilégio ser protagonista na nossa própria história.


Aliança: 1.ação ou efeito de aliar(-se); pacto; união. (Luft)    

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Dando um F5 na vida!!!

Antes de mais nada, quero agradecer ao meu amigo querido, João, por essa oportunidade de escrever aqui no blog e tentar atingir os corações dos leitores com um assunto que a maioria das pessoas precisam estar sempre refletindo: a Vida!!!


Esses dias eu vi uma frase no Twitter que me fez pensar bastante: Dando um F5 na vida!!! Fiquei tentando entender o que seria isso, ou como seria seria isso??? Sei que dar um F5 no computador, significa ATUALIZAR, então fazer um F5 na vida, seria mudar de rumo? Repaginar? Aprender coisas novas??? Difícil ter certeza!!!


Poderia ter perguntado ao autor da frase, mas perderia a graça, porque na verdade, não importava naquele momento, o que ele quis dizer com isso, mas a reflexão que aconteceu dentro de mim depois da frase.


Sinto que dar um F5 na vida de vez em quando é fundamental!!! E tenho certeza que para que isso aconteça é necessário um auto conhecimento muito bom! Um olhar para dentro indispensável.


É difícil dar um F5 na vida!!! Deixar velhos hábitos, vícios, encarar os problemas e as dificuldades com outro olhar; quebrar paradigmas; reestruturar pensamentos!!! Mudanças... hum... difíceis mudanças...


Eu aposto que a maioria de nós já pensou em dar um F5 na vida, pelo menos um milhão de vezes, mas só conseguiu duas ou três dessas... RS... Fala sério!!! Quem diante da tela do computador, escrevendo algo, postando uma foto, que de repente vendo tudo travado e precisando ATUALIZAR, não ficou irado e até mesmo desistiu do que estava fazendo? Não seria diferente com a vida!


Quantas pessoas entram em um curso na faculdade e percebendo que não era bem o que queriam, desistiram e nunca mais fizeram outro curso; quem diante de um amor não correspondido se viu sofrendo a toa e resolveu virar a página e disse nunca mais querer se
apaixonar? A todo o momento estamos vivendo coisas que nos fazem pensar em dar um F5 na vida, mas a responsabilidade dessa escolha, as consequencias que ela traz, faz com que cada um dia nós deixamos o F5 pra depois.


Até que um dia, nos vemos preso ao passado, acorrentado em pessoas ruins, vivendo situações que não valem a pena, dependentes de pai e mãe, ou de aprovação de esposa e filhos... e então, F5. Mudamos de emprego, separamos, fazemos aquela tão sonhada faculdade, encontramos um amor verdadeiro... e vida nova!!! E assim a vida segue!!! Mas, não pensa que um F5 só basta, porque não basta não! Mais tarde, em um outro momento a vida vai exigir de nós mais um F5, e teremos as mesmas resistências para fazê-lo, ou não! Vai depender de cada um de nós!


Algumas pessoas tem uma facilidade enorme de dar F5 na vida. Trocam de estilo, de amigos, de vida, como um estalar dos dedos!!! Não criam raízes e nem se dispõem as relações intensas e profunda!!! Sei lá, também não sei se isso é bom!!! Saudável!!!


Acredito que tem hora certa pra dar um F5 na vida e nossos corações sabem muito bem qual é!!! Só temos que estar bem atentos para ouvi-lo!!! Use a sua intuição e F5!!! Abraços!!!


Danielle Cristina Ferrarezi Barboza

Psicóloga Especialista em Gestão de Pessoas

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Entre o olhar e o sorriso



Um olhar que observa o vento e o repouso dos muitos “ais” passados. Um coração imaginado costurado, remendado e reconstruído sente no vento um cheiro de sorriso novo.
O olhar de longe percebe no alvo claro a indizível ternura a matéria nobre do querer.
Então o coração dito cheio parece copo vazio à procura de água, água proibida, água que vem da boca de mel, inebriante, sagrada, partilhável.
Por sobreviver aos invernos de tantos danos, tantas dúvidas, denúncias e medos, a claridade honrada do sorriso fez o olhar palpitar em graça e força. E toda oferta duplicada e vulcânica do coração veio à tona querendo corpo livre, pois a alma já é toda contradição.
O olhar desprende. O sorriso flui. A paixão acontece, assim, sem hora marcada, sem previsão, num banho gradual, dual, e abundante dos sentidos postos à prova.
A surpresa do olhar é perceber que pode sim... aprender com o sorriso, ensinar com o olhar... desvendar as partes mais antigas da alegria dupla e densa mais uma vez sentindo-se “menino”.
Juscélia Sousa

sábado, 9 de abril de 2011

Um dia de um abril sem esperança...‏

 
Eu recebi esse mail da Karim, (@karim_kavier) esta mulher excepcional pela qual eu sinto um misto de admiração e gratidão.
 
Tem dias que a gente se sente, como quem partiu ou morreu..
meu dia foi assim..
divido com você minhas reflexões...
@karim_xavier
 
 
Hoje quando acordei, havia sol, coisa não muito comum em minha cidade...
Solzinho gostoso, daqueles que aquece carinhosamente...
Mas eu me sentia gelada. Nada aquecia, nada mudava a sensação gélida. Me dei conta: Acordei sentindo frio na alma...
Olhei pra mim e me dei conta dos efeitos das noticias de 7 de abril no Rio de Janeiro , realengo.
Uma musica tranqüila insistia em ser cantada em minha mente: "meu pequeno cachoeiro, vim pro Rio de Janeiro pra voltar e não voltei..."  como que buscando um alento  para o frio gélido que me abraçava.
Me dei conta da frase que retumbava  " o que acontece no mundo???"
Somos brasileiros, desabituados a tragédias e calamidades da natureza (ou éramos.. ou anda, quem sabe, educados para ficarmos alheios à elas... ainda não sei...)
As frases insistem: que sobreviverá a tanta violência??
As perguntas ressoam... como foi que ninguém viu este menino, hoje monstro, isolar-se, recriar-se como ser capaz de tamanha monstruosidade?
Como estamos sendo pais, professores, agentes sociais de transformação???O que foi que perdemos no meio do caminho???
Além disso, como estamos sendo vizinhos, amigos, participes de comunidades??
Quando foi que a invisibilidade social passou a fazer parte da vida, como se fosse natural??
Quanto mais penso, mais angustia sinto, mais gélida fica minha alma...
Como mãe, não consigo colocar-me no lugar destes pais sem sentir uma dor que é maior que todas as dores juntas, nem sem sentir um desespero e tamanha impotência que também são maiores que todos os desesperos juntos...
Não há o que dizer, não há o que fazer, não há grito que consiga expressar ou tirar de dentro o que se sente...
 
Como profissional, vislumbro a longo prazo, a possibilidade do viver com o que restar , da melhor maneira possível, com toda a dor e  angustia subjacentes que irão os acompanhar pelo resto da vida... Vislumbro a possibilidade de usar a enorme energia da dor em fonte de transformação social...Mas em alguns momentos, hoje, eu duvidei disso...
Como mãe e profissional me pergunto onde foi que nos perdemos? O que foi que esquecemos no meio da caminhada?? Esquecemos que o cuidar é parte do papel de pais? Esquecemos que como educadores precisamos perceber, compreender, olhar para o educando??
Como colegas, esquecemos o respeito, a compreensão, o afeto??
Como seres humanos esquecemos o que é ser gente, ou nos esquecemos que o outro também é gente??
Minha alma continua gélida...
Pela primeira vez em minha vida, temi pelo futuro dos seres humanos...
Pela primeira vez na vida temi por meus filhos... e pelos seus.
 
Pela primeira vez na vida, nao consegui respirar e me refazer de esperanças para amanha...
Minha alma ainda esta gélida O calor nao me aqueceu...
 
Ainda assim...Ainda bem que amanha é um novo dia de abril...